Do multilateralismo ao reino da brutalidade

Do multilateralismo ao reino da brutalidade


Várias aventuras selvagens de Telavive e de Washington voltaram, ainda recentemente, a mostrar isso mesmo: «guerra dos doze dias», lançada por Israel contra o Irão (13-24 de junho de 2025); bombardeamentos americanos das instalações nucleares de Fordo Fordo, Ispahan e Natanz em junho de 2025; a seguir, bombardeamento israelita do Qatar em setembro de 2025; e mobilização do arsenal militar de Washington nas Caraíbas face à Venezuela, em nome da luta antidroga. Opta, portanto, por deixar de pagar certas contribuições para o orçamento da ONU e por aplicar cortes significativos… Através de decretos, retira os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Conselho dos Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) ou de grandes tratados internacionais (Acordo de Paris sobre o Clima de 2015). A União Europeia, ainda que esteja sempre pronta a defender o «Estado de direito», afunda-se numa duplicidade de critérios (firme a propósito da Ucrânia; inexistente no que diz respeito a Gaza), não levanta um dedo para fazer com que as disposições do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sejam aplicadas e não prescreve qualquer plano financeiro da ONU.

Author: Anne-Cécile Robert & Christophe Ventura


Published at: 2025-10-06 14:07:09

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