Diretor do Festival de Cannes lamenta tarifas de Trump e sumiço de Rússia e Argentina do evento

Em sua tradicional conversa com jornalistas na véspera da abertura do festival, que acontece de 13 a 24 de maio, Frémaux passou tempo razoável falando não da seleção deste ano ou do cinema francês, mas das tensões políticas a quilômetros de Cannes. Deixar que filmes estrangeiros entrem num território como os Estados Unidos é uma forma de nutrir o imaginário dos artistas, de inspirar a cultura que se faz ali", disse Frémaux, ao ser questionado sobre a medida e seu potencial impacto não apenas nas sessões de Cannes, mas em seu Mercado do Filme, área de negócios que banca boa parte do evento. O mantra de que a arte sempre acha um meio se repetiu mais tarde, quando o diretor do festival foi questionado sobre o desaparecimento de filmes argentinos da seleção, um ano depois de Frémaux ter lamentado a caçada à produção cultural do país por parte do presidente Javier Milei.