Não obstante o compromisso assumido, em 1968, no Tratado de Não-Proliferação (TNP), de «facilitar o fim do fabrico de armas nucleares, a liquidação de todas as reservas existentes de tais armas e a eliminação das armas nucleares e dos seus vetores nos arsenais nacionais», os detentores «da» bomba nunca deram ao desarmamento uma verdadeira oportunidade. Em conformidade com um calendário elaborado na década de 1990, no fim da primeira década do século XXI os mísseis ar-terra de médio alcance (ASMP) foram substituídos por uma versão dita «melhorada»» (ASMP-A); depois, em 2016, foi lançado um programa de renovação em tempo de vida (modernização) permitindo, de 2024 a 2025, dotar os dois esquadrões estratégicos existentes de um vetor «renovado» (ASMPA-R). Esta forma de defesa sempre existiu, mas agora exibe-se sem pudor, à imagem de uma Rússia que se apoia na chamada estratégia de «santuarização agressiva»: sucessivas ameaças de utilização destas armas, ao ponto de, em 2022, a França ter posto em estado de alerta três dos seus quatro submarinos nucleares de lançamento de mísseis (SNLE).
Author: Jean-Marie Collin
Published at: 2025-08-04 19:26:20
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