Se antes os políticos de direita chilenos reivindicavam a escola neoliberal de Pinochet na economia, agora, os candidatos reivindicam o legado do ditador em toda a sua extensão, sobretudo a chamada “mão-dura” como forma de combater o crime e estão dispostos a rever os limites dos direitos humanos. “O que esperaria, a 50 anos do golpe de Estado, é que a direita mostrasse as suas credenciais democráticas, mas a verdade é que a ideia do caos e do medo que se usava nos tempos da ditadura ainda ressoa no eleitorado chileno”, aponta a cientista política da Universidade do Chile. Além disso, está muito viva a eclosão social de 2019, quando jovens foram às ruas numa épica parecida ao enfrentamento entre a Unidade Popular (de Salvador Allende) e o golpe de Estado (de Pinochet) com o uso da violência”, compara Claudia Heiss.
Author: Agência Lusa
Published at: 2025-11-16 09:45:54
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