O montante total de 400.000€ alocado a projetos de cariz religioso, num período tão próximo do ato eleitoral, levanta sérias suspeitas de que se trata de uma estratégia para captar votos de determinadas comunidades, desvirtuando o propósito da gestão autárquica”, realça o vereador do Chega, crente de que o “embora o financiamento não seja formalmente um ato de campanha, a sua calendarização levanta questões éticas e de transparência, podendo ser interpretado como um uso indevido de fundos públicos com fins eleitoralistas”. “A alocação de fundos públicos para a construção de edifícios religiosos não se enquadra nas prioridades legítimas de uma Câmara Municipal e desvia recursos essenciais que poderiam servir o bem-estar de toda a população, independentemente das suas crenças”, remata o vereador do partido, que propõe que a autarquia suspenda de imediato e revogue os dois financiamentos e determine a “reavaliação dos montantes em causa para que sejam alocados a áreas prioritárias para o desenvolvimento social e infraestrutural do concelho”. No final da semana passada, também a CDU propôs a “reversão” do apoio de quase 150 mil euros de investimento público aprovado pela Câmara Municipal de Loures para a Hillsong Portugal, argumentando que esta igreja evangélica “já um espaço cedido pela Câmara” e recordando que, durante o mandato dos comunistas, foi necessário “incluir a Comunidade de Vida e Paz no Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) de Loures por clara incapacidade da Hillsong Portugal para prestar o apoio necessário a estas pessoas”.
Author: Inês André Figueiredo
Published at: 2025-08-11 18:44:23
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