Cerco à imprensa mostra uma trilha perigosa indicada por Trump

Cerco à imprensa mostra uma trilha perigosa indicada por Trump


Desde que assumiu o leme do Salão Oval, Trump fez ameaças em série de suspender licenças de emissoras que encampam “uma publicidade negativa do governo”, deflagrou processos bilionários contra grandes jornais (um deles havia tão somente publicado uma pesquisa de opinião que lhe era desfavorável), e até o Pentágono baixou uma ordem para que repórteres se restrinjam a divulgar informações autorizadas — disparos contra o livre exercício da atividade que é tão bem estabelecida na paisagem americana como “o quarto poder”. O Pentágono, comandado por Pete Hegseth, o ultrapoderoso secretário de Defesa (ou de Guerra, como prefere Trump), foi palco de outra dessas investidas ao condicionar a permanência dos crachás de jornalistas à assinatura de um termo de 61 tópicos, dentre os quais a aprovação prévia do secretário a tudo o que for publicado — regra que teria o objetivo de regular uma imprensa “excessivamente disruptiva”. Uma dezena de profissionais sérios abdicou do crachá em ato de resistência, ao qual o governo reagiu anunciando a chegada de sessenta novos credenciados, a imensa maioria de veículos e influenciadores de extrema direita — caso de Laura Loomer, que aos 32 anos virou uma das figuras mais audíveis do MAGA, o movimento trumpista para “fazer a América grande”.

Author: Amanda Péchy


Published at: 2025-12-14 11:00:32

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