CEO da Colossal: “Ninguém celebra que tirámos ADN com 72 mil anos e fizemos estas crias”. Mas não, o lobo-terrível não foi desextinto

CEO da Colossal: “Ninguém celebra que tirámos ADN com 72 mil anos e fizemos estas crias”. Mas não, o lobo-terrível não foi desextinto


“Agora temos o poder para ajudar a construir e dirigir vida, muito do mal que fizemos ao planeta pode ser desfeito, e isso é inspirador.” Através da empresa criada em 2021 com George Church, professor de Genética em Harvard e que considera “o pai da biologia sintética”, inaugurou o que chama de desextinção funcional e tenciona, além do lobo-terrível, criar mamutes, dodôs, tigres-da-Tasmânia, e o seu maior sonho, um dugongo-de-Steller, “um manatim do tamanho de uma baleia caçado até desaparecer”. Avaliada em 10 mil milhões de dólares (9 mil milhões de euros) em janeiro, a Colossal conta com investidores como Thomas Tull, o produtor dos filmes Jurassic Park, a socialite Paris Hilton, o realizador Peter Jackson, o ex-jogador da NFL Tom Brady e o ator Chris Hemsworth nas suas fileiras, bem como George R. R. Martin, o criador de A Guerra dos Tronos que até partilhou no seu blogue uma fotografia com uma das crias — não tivesse sido este lobo celebrizado nos seus livros e na série que se seguiu. “Juntamente com abordagens melhoradas para recuperar o ADN antigo, estes avanços computacionais permitiram-nos resolver a história evolucionária dos lobos-terríveis e estabelecer a base genómica para a desextinção — especificamente para selecionar com confiança variantes genéticas específicas dos lobos-terríveis que estabeleceram os nossos alvos para edição genética”, congratulou-se Beth Shapiro, diretora científica da Colossal, que se concentrou em traços relacionados com o tamanho, a musculatura e a cor, textura e comprimento do pelo.

Author: Leonor Riso


Published at: 2025-04-13 18:03:19

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