“Organizar a luta, defender a cultura”, lê-se no papel que segura entre as mãos, parte dos últimos preparativos da manifestação “Não queremos viver num país do medo”, que está prestes a arrancar em frente ao teatro A Barraca, em Lisboa, e que se alastrou a outra cidades do país, como o Porto e Coimbra. “Um ser humano é um ser de resistência e de combate, é só preciso determinar a causa certa”, lê-se, uma evocação das palavras proferidas pela escritora Lídia Jorge no discurso de 10 de Junho, dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas. Às quatro da tarde, começam-se a cantar as primeiras palavras de ordem: “Fascistas, racistas chegou a vossa hora” e “Somos todos anti-fascistas.” Minutos depois a Polícia de Segurança Pública (PSP) interrompe a circulação do trânsito e os manifestantes que também se foram juntando no outro lado da rua inundam a estrada.
Author: Adriana Alves
Published at: 2025-06-15 21:29:12
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