Esse "acordo" é o espírito de Munique, disfarçado com argumentos econômicos aparentemente racionais: a UE sacrifica um pouco do seu crescimento (estimado em 0,1% a 0,2% do PIB), uma parcela da sua margem comercial e seus lucros, em troca de uma paz tarifária. Por exemplo, na UE a narrativa é que não existem os meios para financiar a transição ecológica na Europa; por exemplo, seria preciso sacrificar empregos na indústria siderúrgica em nome da competitividade; por exemplo, não se poderia continuar a viver com o modelo social europeu, com os custos de segurança social e previdência; seriam demasiado caros. E espero que não seja no sentido de aceitar o nacionalismo chauvinista de Le Pen, Meloni, Orbán, Weidel etc., ou mesmo para se resignar com o conformismo amedrontado dos atuais líderes europeus, que estão enterrando o espírito de Moulin, Monnet, Adenauer e De Gaulle.
Published at: 2025-07-28 18:55:56
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