Arrancada radical: fenômeno Bardella põe a França (e o mundo) em alerta

Arrancada radical: fenômeno Bardella põe a França (e o mundo) em alerta


Incumbido da missão de dar feições modernas a uma sigla que carrega consigo o peso de seu criador, Jean-Marie Le Pen (1928-2025), que costumava dizer que o Holocausto foi um “detalhe” na Segunda Guerra, Bardella adentrou a arena política como uma opção que suaviza a carga ao unir ingredientes em alta: fenômeno nas redes e sempre com um bom terno, ele sustenta nos palcos que ocupa (e adora) um discurso de extrema direita menos furioso, mas muito afinado com o de seus colegas de matiz ideológico, oferecendo uma mescla de populismo econômico e nacionalismo radical. A militância na extrema direita começou cedo, aos 16 anos, e sem distrações — abandonou o curso de geografia na Sorbonne e agora explora o fato de não ter diploma como um sinal de que não compactua com as elites. Além de promessas de passar a tesoura no orçamento, baixar impostos e atropelar a burocracia — tudo em tom épico —, ele agita a bandeira anti-­imigração, dizendo que o “povo europeu pode sumir sob ondas migratórias” (está se referindo, claro, não aos de seu tipo, mas aos egressos de países mais pobres).

Author: Amanda Péchy


Published at: 2025-12-07 11:00:38

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