A RAND apela a «estabilizar» as relações entre os Estados Unidos e a China, Alfredo Jalife-Rahme

Há resultados a curto prazo, como o fracasso da «G-2» Trump-Xi em Busan, que, ao contrário, consolidou ainda mais a aliança G-2 entre a Rússia e a China [4], assim como projectos a médio prazo elaborados pelos “think-tanks” (centros de estudos-ndT) das superpotências, como é o caso do cotadíssimo “think-tank” RAND, o qual, desde 14 de Outubro, concluiu que os Estados Unidos são incapazes de infligir uma derrota estratégica decisiva à China, e recomenda pois uma outra abordagem política : «Estabilizar a Rivalidade entre os Estados Unidos e a China», projecto cujo autor principal é o célebre Michael J. Mazarr [5]. A RAND argumenta que «a rivalidade geopolítica entre os Estados Unidos e a China comporta riscos de conflito militar aberto, de guerra económica e de subversão política, bem como o perigo de que as tensões entre as duas principais potências mundiais destruam a possibilidade de se chegar a um consenso mundial sobre questões tais como o clima e a inteligência artificial. À medida que se intensificam as pressões sobre Trump por parte dos falcões neoconservadores straussianos khazares, incrustados no Departamento de Estado — que desejam uma vitória «definitiva» contra a China e a Rússia [6], que se rebelam contra uma eventual «gestão da crise» e que conseguiram fazer descarrilar a cimeira entre Trump e Putin em Budapeste, uma cimeira que, diga-se de passagem, parece ter sido ressuscitada pela visita a Washington do Primeiro-Ministro húngaro, Viktor Orbán — a RAND preconiza seis «iniciativas de base ampla» e expõe estratégias mais específicas para três áreas que até agora parecem irreconciliáveis : Taiwan, o Mar da China Meridional e a competição no domínio de ciências e de tecnologias, – estratégias sobre as quais que não vejo em que China as poderia moderar.

Author: Alfredo Jalife-Rahme

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