No seu discurso ao parlamento israelense, hoje, como artífice do acordo entre Israel e Hamas, Donald Trump deixou claro que uma nova era de prosperidade se abriria no Oriente Médio se os países muçulmanos da região deixassem de lado as suas diferenças com Israel e os recalcitrantes aderissem aos Acordos de Abraão. O raciocínio é o mesmo que baseia a profissão mais antiga do mundo (a do comércio, bem entendido): se todos os países se derem conta de que a amizade com Israel é mais lucrativa do que a sua inimizade, e vice-versa, não haverá ressentimento histórico capaz de impedi-la. A era da prosperidade vendida pelo presidente americano — na qual ele e a sua família têm bilhões de dólares a ganhar, visto que os valores humanos dos Trump não saem de graça — inclui forçosamente os palestinos.
Author: Mario Sabino
Published at: 2025-10-13 14:46:05
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