A transformação da Europa, de soft power em hard power na área militar, corresponde a um quadro de antecipação de um potencial escalar do conflito, ao mesmo tempo que obedece à vontade expressa por Trump de uma alteração no desequilíbrio orçamental até aqui sempre desfavorável aos EUA e a favor da Europa, no que toca ao investimento e à despesa. Face aos múltiplos focos de conflito, existentes ou passíveis de virem a espoletar – na Ucrânia, no Médio Oriente, na Coreia do Norte e em Taiwan – pretende-se agora uma Europa que esteja forte e preparada para os cenários calamitosos que ameaçam um mundo onde, até agora e em abono da verdade, nós europeus estivemos quase sempre de braços cruzados à espera de que os Estados Unidos nos defendessem. E num quadro de paz tensa, marcado pela Guerra Fria e a ameaça nuclear latente, elegeu outras prioridades: a criação e consolidação do projeto europeu que levou à UE e, a nível nacional nos principais países, a implementação de políticas públicas e sociais no campo da saúde, da educação e da cultura.
Author: Armindo Azevedo
Published at: 2025-07-11 23:10:27
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