Sem recair em um lugar identitário de não reconhecimento das diferenças, cansadas de ser absorvidas pelo véu da camuflagem e suas consequências – a invisibilidade e o silenciamento – e, sobretudo, somando o tom e o timbre de vozes desejantes de atravessar barreiras e fazer eco, nos unimos em torno da aposta de que as lésbicas têm uma posição possível de enunciação. Mais uma, e mais uma outra e assim se faz uma corrente que passa ao plural de uma a uma e se anuncia em sigla: Um L pra chamar de lésbica! Se aprendermos a nos regozijar com a ausência de localidade de encontrar um bar de lésbica, por ora, isso significar nosso apagamento; mas ora isso significar que nosso encontro permanece fora do mapa e que de vez em quando é maravilhoso não ser encontrada e capturada pelas bússolas que se mostram em qualquer google maps?
Author: Amanda Massuela
Published at: 2025-04-28 20:07:33
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