Ou outros pormenores que, ao longo da semana passada, ocuparam espaço no noticiário, sob os aplausos dos que consideram o presidente um dos maiores estadistas da história e sob as vaias dos que reduzem o papel de Lula na França ao de um candidato à reeleição, que foi à Paris à la recherche de la popularité perdue — ou em busca da popularidade perdida, numa brincadeira com o título da obra clássica de Marcel Proust.Tudo isso já foi comentado à exaustão ao longo da semana, mas está longe de ser o que merece mais atenção na avaliação de uma viagem. Sendo assim, o fato é que pouca gente, ao longo dos 79 anos que se passaram desde então, se deu muita importância para o fato de que, para o bem e para o mal, os dois países são tão vizinhos quanto o Brasil é da Argentina ou a França é da Espanha. Ainda que o resultado concreto da viagem em relação ao acordo comercial tenha sido discreto e as diferenças do ponto de vista do Brasil e o das democracias europeias no que se refere à ditadura de Putin tenham ficado evidentes, a viagem teve para o governo brasileiro um saldo mais positivo e menos incômodo do que o das viagens presidenciais mais recentes.
Author: Nuno Vasconcellos, Nuno Vasconcellos
Published at: 2025-06-08 09:45:00
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