A diplomacia do golfe: da Guerra Fria ao calor do momento

A diplomacia do golfe: da Guerra Fria ao calor do momento


O secretário de Estado John Foster Dulles redigiu pessoalmente um telegrama datado de 17 de maio de 1957 para o embaixador americano no Japão, Douglas MacArthur II (o sobrinho do famoso general): “O Presidente teria muito gosto em jogar golfe com Kishi na tarde de 20 de junho, apesar de o Presidente admitir que o seu nível de jogo está num estado deplorável, esperando que Kishi não seja um especialista”. Em fevereiro de 2017, Trump entreteve o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, nada mais nada menos que o neto de Nobusuke Kishi, no seu resort em Mar-a-Lago, usando o taco banhado a ouro que Abe lhe oferecera depois da vitória sobre Hillary Clinton, avaliado em mais de 3.700 dólares. Pouco importa que o autor de desporto Rick Reilly tenha desmontado o seu suposto handicap de 2.8 na obra “Commander in Cheat: How Golf Explains Trump.” Esta semana, de uma só tacada, o Presidente dos EUA, desdobrou-se em receções diplomáticas (chegando a acordo com Ursula Von der Leyen para a aplicação de taxas de 15% na Unão Europeia) e aproveitou para inaugurar mais um campo, em Aberdeen, alargando o seu vasto portfolio.

Author: Maria Ramos Silva


Published at: 2025-08-02 09:06:39

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