O alvo é o comércio de petróleo — em especial, a chamada “frota sombra” de petroleiros que dribla as restrições do Ocidente para continuar abastecendo países como China, Índia e, com crescente destaque, o Brasil. Desde que a invasão da Ucrânia transformou os barris russos em bens tóxicos para a maioria das economias ocidentais, o petróleo de Moscou encontrou refúgio entre parceiros geopolíticos menos escrupulosos, dispostos a ignorar as diretrizes da OTAN em favor do desconto oferecido pelos russos. Ao justificar a viagem com o argumento de que a Rússia é um “bom parceiro comercial”, Lula confirmou o dilema que muitos países emergentes enfrentam: manter os custos internos sob controle sem se tornar alvo da política externa americana ou europeia.
Author: Luana Zanobia
Published at: 2025-05-21 14:13:32
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