A presença do ministro e de sua mulher entre os atingidos pela Magnitisky, criada pelo governo dos Estados Unidos para punir violadores de direitos humanos em qualquer parte do mundo, era uma espécie de troféu que os apoiadores de Jair Bolsonaro utilizavam como prova de que o julgamento conduzido por Moraes, que impôs ao ex-presidente uma pena de 27 anos de prisão havia sido injusto. Com a decisão do presidente Donald Trump de reverter a decisão, o troféu mudou de mãos e passou a ser erguido pelas hostes esquerdistas como prova de que não há nada de errado com o processo nem com a sentença que jogou na cadeia e alijou da disputa o único nome capaz de ameaçar o favoritismo de Lula. O certo é que, a despeito dos elogios feitos pelo vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Cristopher Landau, a recentes avanços institucionais do Brasil, e da tentativa de Flávio em vincular a retirada do nome de Moraes da lista da Magnitisky a uma improvável anistia a seu pai, o certo é que, nos entendimentos diplomáticos que realmente avançaram entre os dois países, a preocupação com os problemas internos do Brasil é secundária.
Author: Nuno Vasconcellos, Nuno Vasconcellos
Published at: 2025-12-14 10:00:00
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