A China não só reduziu a parte das exportações na sua economia de 33% do produto interno bruto (PIB) em 2005 para cerca de 20% em 2022 — de acordo com os últimos dados do Banco Mundial —, como também diminuiu a sua exposição às vendas para os Estados Unidos: estas representavam 19,2% do total das exportações no início do primeiro mandato de Trump, contra 14,7% atualmente. É certo que Pequim sinaliza a determinação de «lutar até ao fim»; mas, segundo uma análise difundida na China, a atual crise geopolítica seria, antes de mais, uma crise americana, através da qual o país «infligiria a si próprio o caos» (China Daily, 19 de março de 2025). «Os republicanos e os democratas dirigem duas comunidades diametralmente opostas que funcionam, na realidade, como confederações sob um mesmo governo.» A análise coincide com a formulada em «A América contra a América», um livro chinês publicado em 1991 por um investigador então desconhecido, que se tornou a seguir um dos sete membros do Comité Permanente da Comissão Política, o órgão decisório supremo do PCC.
Author: Renaud Lambert
Published at: 2025-05-05 13:41:26
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