A captura do Banco Central pela “Faria Lima” e o copia-e-cola de Gabriel Galípolo

A captura do Banco Central pela “Faria Lima” e o copia-e-cola de Gabriel Galípolo


Na reunião anterior, realizada em junho, o Copom havia aumentado a Selic de 14,75% para 15%, a pretexto de “expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”, e de “assegurar a convergência da inflação à meta” (fixada pelo Ministério da Fazenda), alegando que esse cenário exige “uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”. Desta vez, para justificar a manutenção do patamar de 15%, que faz da taxa real de juros brasileira a segunda mais alta do mundo (9,53%, atrás apenas daquela vigente na Turquia, de 14,4%), o Copom alegou, em resumo, que embora tenha constatado “certa moderação no crescimento” da atividade econômica, “o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo”; que “a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação”; e que os “riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, seguem mais elevados do que o usual”. Ora, embora o governo Lula tenha obtido admirável avanço na queda do desemprego, com redução da taxa nacional de desocupação para 5,8% no segundo trimestre de 2025 (a menor desde 2012), ainda há cerca de 6 milhões de trabalhadores(as) desempregado(a)s. Sem contar que parte expressiva da força de trabalho ainda não dispõe de empregos de qualidade adequada.

Author: Lucia Editora


Published at: 2025-08-03 17:34:10

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