O interessante é que estes líderes, que prometem ao eleitorado o combate à corrupção e “uma época de eterna glória nacional”, são os primeiros, aquando no poder, de promoverem ambientes onde a esfera pública e o interesse privado se confundem, levando a altos níveis de abuso de poder, nepotismo, tráfico de influências e corrupção. Estes novos expansionismos, são o resultado lógico de uma ordem em declínio, e de líderes autocráticos ou autoritários habituados a desprezar o primado da lei, e a utilizar a guerra como forma de consolidação do seu poder interno. Em Portugal, a esperança que existe neste momento, é que se consiga falar do tema da corrupção de forma minimamente informada e factual, e que exista uma sociedade civil mobilizada para refletir sobre políticas públicas realistas e baseadas em evidência, como a reforma do Estado, saúde, justiça, migrações, segurança ou o caso da habitação.
Author: Miguel Sacramento Monteiro
Published at: 2025-06-07 23:00:36
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