O ritmo frenético de entrada de novos artigos que é típico da fast fashion requer que os artigos saiam das lojas com idêntica rapidez: por um lado, os artigos têm de ser suficientemente baratos para que o cliente não sinta relutância em pôr de lado os que comprou uns meses antes e vestiu apenas quatro vezes (é esse, em média o número de vezes que uma peça de fast fashion é usada), de forma a adquirir as novidades que desaguam sem cessar nas lojas; por outro lado, as próprias lojas fazem promoções ao longo de todo o ano, a preços ridiculamente baixos, dos artigos “antigos” que não tiveram escoamento. São elas a Pull&Bear (criada em 1991; um milhar de lojas, uma cinquentena em Portugal), a Bershka (criada em 1998; um milhar de lojas, uma cinquentena em Portugal), a Stradivarius (fundada em 1994 e adquirida pela Inditex em 1999; um milhar de lojas, uma cinquentena em Portugal), a Massimo Dutti (fundada em 1985 e adquirida pela Inditex em 1991; cerca de 700 lojas, uma quarentena em Portugal; segmento médio), a Oysho (criada em 2001; meio milhar de lojas, uma quarentena em Portugal; roupa interior e desportiva), a Uterqüe (criada em 2008 e integrada na Massimo Dutti em 2021) e a Lefties (criada em 1993; pouco mais de uma centena de lojas, uma vintena em Portugal; moda “acessível”). O crescimento do número de lojas (e de funcionários, que ronda hoje os 76.000) foi acompanhado por um crescimento consistente das receitas: de 1900 milhões de euros em 2007, passaram a 9200 milhões de euros em 2019; após as inevitáveis quebras registadas nos “anos de pandemia” de 2020 e 2021, em 2022, as receitas retomaram o nível de 2019 e ascenderam a 10.600 milhões de euros em 2023 e 11.260 milhões de euros em 2024.
Author: José Carlos Fernandes
Published at: 2025-03-30 09:09:41
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